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30 abr 2024 - 10:16
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Pesquisa da UEMS mostra que planta aquática tem potencial para fitorremediação e produção de biocombustível

Uma pesquisa em andamento, de docentes e acadêmicos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, resultou na publicação recente do artigo intitulado “Biodiesel production potential of Eichhornia crassipes (Mart.) Solms: comparison of collection sites and different alcohol transesterifications” na revista científica internacional Nature. O trabalho descreve a potencial aplicação da planta aquática Eichhornia crassipes (Mart.) Solms para a produção de biocombustível. Os testes iniciais mostraram que o uso dos ácidos graxos retirados desta macrófita, cujo um dos nomes populares é Jacinto-de-água, resulta em um biodiesel de qualidade superior a exigida pelos parâmetros da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) do Brasil.


O trabalho foi publicado na revista Scientific Reports, uma das revistas científicas da Nature, de classificação de Qualis A1 e fator de impacto de 4,6. A pesquisa é resultado, em sua maior parte, do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de uma acadêmica da Engenharia Ambiental, Aricely Aparecida Silva Leite, orientada pela professora Dra. Leila Cristina Konradt Moraes. Os dados do TCC foram ajustados e analisados estatisticamente para a publicação. O trabalho contou com a colaboração dos alunos Thiago Luis Aguayo de Castro, João Paulo Aquino Correa e Luciana Vincenzi Weber, das pós-doutorandas Dra. Carmem Cícera Maria da Silva e Dra. Rosangela Maria Ferreira da Costa e Silva, além da professora Dra. Claudia Andrea Lima Cardoso.


O grupo continua as pesquisas atualmente avaliando a E. crassipes e outras macrófitas, em diferentes habitats, para a produção de biodiesel. A E. crassipes é nativa do Sul da América, tem alta capacidade de propagação em meios eutrofizados (ambientes com acúmulo de resíduos orgânicos ricos em carbono, nitrogênio e fósforo) e se adapta a diversos ambientes, sendo considerada uma possível solução para descontaminação de ambientes aquáticos por diversas pesquisas. 


De acordo com a professora Dra. Leila Cristina Konradt Moraes, a E. crassipes é uma planta fitorremediadora, “que retira do ambiente materiais nitrogenados e fosfatos, além de alguns metais pesados, cuja biomassa resultante pode ser utilizada como matéria-prima na produção de biodiesel, tornando seu emprego como na depuração de ambientes aquáticos ainda mais interessante e promissor em nível industrial”. 


Os óleos presentes na biomassa são extraídos e combinados com um álcool, como o etanol, e resultam em ésteres denominados comercialmente de biodiesel, explica a pesquisadora Dra. Rosangela Maria Ferreira da Costa e Silva. 


A professora Dra. Claudia Andrea Lima Cardoso, destaca que outro ponto positivo do uso da E. crassipes na produção de biodiesel é que esta planta não é utilizada na alimentação humana, como a soja ou canola, por exemplo. Portanto, além das vantagens de ser fitorremediadora e gerar um biocombustível, o uso desta macrófita não traz o desvio de possíveis fontes de alimentação humana. 


O artigo publicado na revista Scientific Reports fez a comparação entre plantas coletadas em Dourados e Corumbá e avaliou o biodiesel produzido. O resultado indicou que o biocombustível produzido a partir da macrófita proveniente do meio mais ambientalmente impactado, Dourados, produziu um biodiesel com propriedades físico-químicas mais adequadas, considerando os padrões da ANP, quando comparado com o produzido a partir da macrófita coletada em Corumbá e uma amostra comercial. 


As pesquisadoras dizem que para esse produto se tornar viável em escala comercial, precisa-se de investimento, de estudos em escalas maiores e do interesse do poder público. A prof. Dra. Leila ressaltou que a equipe continua trabalhando em pesquisas com coletas de plantas de outros quatro ambientes aquáticos diferentes para conhecer com mais precisão o comportamento de crescimento e absorção da planta em diferentes condições de contaminantes e biomas, além de também trabalhar com outras macrófitas. 


 


Fonte: UEMS

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