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13 abr 2020 - 09:30
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Imagens de satélite mostram como a quarentena reduz a poluição

Imagens de satélite revelam diminuição dos níveis de dióxido de nitrogênio em São Paulo, Rio, Brasília e outras capitais. Especialistas avaliam o impacto da mudança na saúde das pessoas e propõem uma reflexão sobre modelos econômicos e sistemas de transporte


Os níveis de poluição tiveram uma diminuição em grandes centros urbanos no Brasil durante o período de quarentena vivido devido à pandemia do novo coronavírus. Imagens captadas do satélite Sentinel 5P, da Agência Espacial Europeia, mostram redução do dióxido de nitrogênio em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Curitiba, Salvador e Belo Horizonte.


Pesquisadores explicam que o fenômeno se deve, principalmente, à redução da circulação de veículos automotores — em geral, os principais emissores do composto nas grandes cidades. O dióxido de nitrogênio é um poluente produzido pela queima de combustíveis fósseis — como petróleo e biomassa (queimadas em florestas, por exemplo). É um dos principais indicadores do Índice de Qualidade do Ar (IQAR), segundo resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).


A análise do dióxido de nitrogênio foi feita pelo gerente de Gestão de Informações Ambientais e Geoprocessamento do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC), Diego Hemkemeier, que observou e processou os dados, transformando-os em mapas. Ele comparou do dia 20 de março ao dia 8 de abril deste ano com o mesmo período do ano passado. Nas imagens, é possível perceber que as manchas (que é a concentração) deste poluente ficaram menores em 2020.“É visível que houve uma mudança considerável”, disse.


Para Hemkemeier, os efeitos da mudança são sentidos principalmente por quem sofre de doenças pulmonares. Sabe-se que a Covid-19, causada pelo coronavírus, causa uma inflamação no pulmão, o que faz com que os pacientes graves necessitem de respiradores. “Acho que pode ser crucial (a diminuição dos níveis de poluição) para essas pessoas (que têm doenças pulmonares e venham a se contaminar com coronavírus)”, observou o gerente do IMA-SC.


São Paulo


Em São Paulo, é possível observar uma queda no percentual dos índices de poluentes. Dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) mostram a redução de 50% de monóxido de carbono e óxidos de nitrogênio durante a quarentena. A análise foi feita pela professora Maria de Fátima Andrade, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP). Ela observou, ainda, uma diminuição de 30% de material particulado, que vem, por exemplo, da fuligem que sai do escapamento ou desgaste de pneu no asfalto.


Professora de gestão ambiental da Universidade de São Paulo, Regina Maura de Miranda ressalta que a diminuição tem impacto direto na vida das pessoas, em especial nesta época do ano, com menos chuva e umidade. “Seria uma época em que as pessoas sofreriam mais com doenças respiratórias, procurariam mais os hospitais, principalmente crianças e idosos. Níveis mais baixos com certeza contribuem para que essas pessoas sofram menos. Além disso, as concentrações mais baixas ajudam a prevenir doenças cardiovasculares”, explica.


Brasília


Na capital federal, imagens de satélite processadas pelo IMA-SC mostram uma clara redução das manchas de dióxido de nitrogênio em Brasília. A professora do departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB), Mercedes Bustamante, afirma que a redução de poluentes no DF é importante para repensar as formas de produção e a disposição das atividades econômicas na região da capital do país. O grande contigente de pessoas que se desloca do Entorno para Brasília, utilizando transporte coletivo e individual para a metrópole, aumenta o número de veículos e a permanência delas em circulação. “Quando você distribui de forma um pouco mais equitativa, você reduz essa demanda por transporte”, argumenta Bustamante.


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Para ela, o desafio maior será retomar as atividades econômicas sem o retorno da alta emissão de poluentes. “(A redução agora) não vai solucionar o problema. O que está aí hoje foi emitido na Revolução Industrial. Existem gases que ficam até 200 anos na atmosfera. A preocupação é como se dará a retomada (da economia)”, avalia.


A diferença entre gases poluentes
Assim como o dióxido de nitrogênio, o monóxido de carbono é emitido pela queima de combustível de veículos automotores. O primeiro, entretanto, é considerado mais prejudicial porque tem concentração maior na atmosfera. Enquanto o dióxido de nitrogênio é emitido especialmente por veículos pesados, movidos a diesel, o monóxido de carbono tem como fonte maior os veículos leves, de passeio.


Ar mais puro
Os dados compilados pelo gerente Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC) indicam uma redução significativa do dióxido de nitrogênio. O estudo comparou os níveis de poluição de 2019 e 2020, no período entre 20 de março e 8 de abril.


Fonte: Correio Braziliense

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